segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Quando é que foi?

É preciso energia para amar. Encontrei uma caixa com coisas que me deste. Não quero encontrar caixas não nos quero com pó. As coisas de todos os dias foram elas que me roubaram de ti ou foram elas que me disfarçaram a verdade? Acho que fomos tantas vezes felizes foi a caixa que me lembrou ficámos cínicos e doentes acho ficámos onde afinal? É preciso boa fé para amar e eu deixei de acreditar em muita coisa tenho caixas o que é que tu tens? Não digas bem de mim não digas nada se puderes fica parado nesse instante até que eu volte a acreditar não faças nada peço-te sou egoísta tenho a certeza que isto não são só palavras que ficavam aqui bem. Mas é mentira. Quando é que as coisas que me deste ficaram em caixas debaixo de cobertores e de roupa que já não me serve? Ainda me serves? Eu acho que sim. Serves-me tão bem.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Inverno

No meio do amor vivemos magros de tanto comer. De tanto sorver. Não existe uma manhã igual. Pele. Cheiro de folhas no chão. Outono e outras coisas. Há quanto tempo não estou apaixonada por ti? Como um urso, neste Inverno que vai demorando, hiberno. A dor cansa e mói. Quando falo de amor toda essa urgência que era. E não trago uma única pena em mim, sabias? "Oh insensata busca, ingenuidade, e a dor infinitamente triste de perdê-la". Ou qualquer coisa assim.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Neblina

Há uma neblina em Setembro que talvez sejam os meus olhos cansados. Continuamos em frente. No centro do teu peito existe uma árvore queimada. Eu tenho a mão do menino na minha e, por isso, o mundo não me mete medo. Quando me sentar numa pedra, daqui a tantos e tantos Verões, eu saberei das folhas da árvore em frente à tua janela e encontrarei todas as respostas.